Dia Mundial do Meio Ambiente – vamos todos fazer um mundo melhor? (é fácil!)

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Dia Mundial do Meio Ambiente acontece todo dia 5 de junho, data escolhida pelas Nações Unidas em 1972, para chamar atenção e estimular ações pela conservação do planeta.

O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos.

O conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus componentes:

Completo conjunto de unidades ecológicas que funcionam como um sistema natural mesmo com uma massiva intervenção humana e outras espécies do planeta, incluindo toda a vegetação, animais, microorganismos, solo, rochas, atmosfera e fenômenos naturais que podem ocorrer em seus limites.

Recursos e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro, como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e magnetismo, que não se originam de atividades humanas.

Na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente celebrada em Estocolmo, em 1972, definiu-se o meio ambiente da seguinte forma: “O meio ambiente é o conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas.”

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) brasileira, estabelecida pela Lei 6938 de 1981, define meio ambiente como “o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

O ambiente natural se contrasta com o ambiente construído, que compreende as áreas e componentes que foram fortemente influenciados pelo homem.

As ciências da Terra geralmente reconhecem quatro esferas, a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera, correspondentes às rochas, água, ar e vida. Alguns cientistas incluem, como parte das esferas da Terra, a criosfera (correspondendo ao gelo) como uma porção distinta da hidrosfera, assim como a pedosfera (correspondendo ao solo) como uma esfera ativa.

Ciências da Terra é um termo genérico para as ciências relacionadas ao planeta Terra. Há quatro disciplinas principais nas ciêncais da Terra: geografia, geologia, geofísica e geodésia. Essas disciplinas principais usam física, química, biologia, cronologia e matemática para criar um entendimento qualitativo e quantitativo para as áreas principais ou esferas do “sistema da Terra”.

Foto: Copyright (c) 2004 Richard Ling – rling.com

E quanto aos Ambientalistas?

O ambientalismo é um largo movimento político, social, e filosófico que advoca várias ações e políticas com interesse de proteger a natureza que resta no ambiente natural, ou restaurar ou expandir o papel da natureza nesse ambiente.

Objetivos geralmente expressos por cientistas ambientais incluem:

Redução e limpeza da poluição, com metas futuras de poluição zero;

Reduzir o consumo pela sociedade dos combustíveis não-renováveis;

Desenvolvimento de fontes de energia alternativas, verdes, com pouco carbono ou de energia renovável;

Conservação e uso sustentável dos escarsos recursos naturais como água, terra e ar;

Proteção de ecossistemas representativos ou únicos;

Preservação de espécie em perigo ou ameaçadas de extinção;

O estabelecimento de reservas naturais e biosferas sob diversos tipos de proteção; e, mais geralmente, a proteção da biodiversidade e ecossistemas nos quais todos os homens e outras vidas na Terra dependem.

Grandiosos projetos de desenvolvimento – megaprojetos – colocam desafios e riscos especiais para o ambiente natural. Grandes represas e centrais energéticas são alguns dos casos a citar. O desafio para o ambiente com esses projetos está aumentando porque mais e maiores megaprojetos estão sendo construídos, em nações desenvolvidas e em desenvolvimento.

Mas o conceito de ambientalista pode ser aplicado a você, adotando atitudes simples em sua casa: banhos mais curtos, não disperdiçar a água, separar o lixo para reciclagem, economizar energia, utilizar produtos com certificação ambiental dentre outras coisas, são atitudes importantes que auxiliam e muito na preservação de nosso planeta. Comece hoje.

Japão busca alternativas à energia nuclear após acidentes radioativos

lixo_nuclearApós 20 meses dos acidentes radioativos no Nordeste do Japão, o país busca alternativas renováveis para substituir o uso da energia nuclear, segundo a diretora executiva da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Maria Van der Hoeven. A diretora cobrou das autoridades japonesas esforços para buscar essas alternativas.

No relatório sobre perspectivas globais, apresentado pela Aiea, as ações desenvolvidas pelas autoridades japonesas indicam os esforços em busca da redução da dependência da energia nuclear e de um aumento da produção de energia por meio de gás e fontes renováveis. Em março de 2011, o Japão sofreu com vazamentos e explosões na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste, após um terremoto seguido por tsunami.

O governo do Japão mantém atualmente paralisados 48 dos 50 reatores nucleares devido ao incidente de Fukushima e, paralelamente, há um plano para aumentar a utilização de energias alternativas à nuclear. A diretora da Aiea cobrou das autoridades japonesas clareza nesses esforços.

Segundo a diretora, o abastecimento de energia no Japão depende em parte do exterior e deverá ser uma prioridade nas próximas duas décadas nos mercados de petróleo e gás.

Fonte: Agência Brasil / Lusa

Comunidades isoladas sao atendidas com energia solar por meio do Luz para Todos

painel solarO Programa Luz para Todos enfrenta sua fase mais complexa, que é atender a cerca de 30 mil comunidades isoladas, localizadas principalmente na Região Norte do país. Para chegar a locais onde não há possibilidade de fazer ligações elétricas convencionais, o Ministério de Minas e Energia está investindo em energias alternativas, especialmente a solar.

O sistema já funciona em comunidades do Amazonas, nos municípios de Novo Airão, Eirunepé, Beruri, Barcelos, Autazes e Maués, atendendo a 222 residências, com investimento total de R$ 5,5 milhões. “Hoje estamos com a parte mais difícil do programa, principalmente porque as pessoas estão muito dispersas, especialmente na Região Norte, então é muito difícil atender”, explicou à Agência Brasil o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner.

Para ele, atender às localidades isoladas com energia solar é mais vantajoso financeiramente do que fazer a ligação por extensão de rede, que exige a instalação de postes e linhas de transmissão em áreas muito afastadas. “A gente usa o que for mais em conta, não vamos utilizar a opção de energia mais cara. Se busca sempre fazer a forma mais econômica, dentro de um padrão de qualidade”.

De acordo com o coordenador da campanha Clima e Energia do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo, o uso de energias renováveis pode ser uma boa solução para que o Luz para Todos possa atingir suas metas. “Por mais que o programa já tenha atendido bastante gente, ainda há uma porcentagem da população que não foi atendida. Para isso, achamos que a aplicação de energia solar deve aumentar, assim como outras iniciativas. Em qualquer região do país há potencial de sol, vento, biomassa ou de um pequeno aproveitamento hídrico. As energias renováveis podem dar conta de atender ao final do programa”.

O Luz para Todos também está utilizando cabos subaquáticos para as comunidades de ilhas fluviais e oceânicas, além de postes de fibra que, por flutuar e poderem ser transportados até em canoas, facilitam o deslocamento principalmente na região amazônica.

Fonte: Agência Brasil

Usinas nucleares de Angra terão sistema de armazenamento de lixo atômico em três anos

A Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras que administra a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, vai concluir a construção da primeira célula-demonstração para contenção do lixo atômico das usinas nucleares dentro de três anos, conforme informou o presidente da estatal, Othon Luiz Pinheiro. Ele garante que o sistema de armazenamento dos rejeitos nucleares é seguro.

A técnica adotada faz o encapsulamento de cada célula do combustível e, depois, o encapsulamento do conjunto de elementos combustíveis atômicos. “É uma proteção a mais”, observa Othon Pinheiro.

Segundo ele, o armazenamento não será imposto a nenhum município, mas aquele que se dispuser a estocar esse lixo será remunerado. “[O município] ganhará royalties por isso. Se nós tivermos a competência para demonstrar que [o sistema] é seguro, vai ter muito município com densidade populacional baixa, sem utilização para terrenos públicos, que vai ganhar com isso, sem nenhuma consequência para a população”.

Apesar de o programa nuclear brasileiro estar sendo revisto, em função do acidente que abalou a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, há um ano, Othon Pinheiro acredita que não há razão para interromper a construção de centrais nucleares no país.

Em construção, Angra 3 deverá entrar em funcionamento em 2016 e vai gerar 1.405 megawatts (MW) de energia. Somando com a produção das outras duas usinas em funcionamento, Angra 1 e 2, contribuirá para a geração de 60% da energia consumida no estado do Rio de Janeiro. Othon Pinheiro destacou que, nos últimos dez anos, a contribuição de energia térmica nuclear ao sistema integrado nacional fica, pelo menos, dentro da média de 2.015 MW.

Para o presidente da Eletrobras, o acidente de Fukushima, um grande vazamento de radiação depois que os reatores foram sacudidos por um forte terremoto terremoto seguido de tsunami, em março do ano passado, acabará provando que a energia nuclear dificilmente será abandonada onde é adotada no mundo.

Mesmo descartando problemas similares aos de Fukushima, a Eletronuclear decidiu construir o prédio do reator de Angra 3 à prova de terremoto. De acordo com Othon Pinheiro, a rotina de trabalho na central nuclear brasileira prima pela segurança e pela qualidade de treinamento do pessoal.

Fonte: Agência Brasil 
 

Resíduo radioativo, ou Lixo Atômico, é formado por resíduos com elementos químicos radioativos que não têm ou deixaram de ter utilidade. É gerado em processos de produção de energia nuclear, tanto em uso pacífico como em armamento nuclear, podendo ainda ser oriundo de outros usos, tais como tratamentos e diagnósticos radiológicos e pesquisa científica.

A destinação do resíduo radioativo é um dos problemas mais sérios resultantes do uso da fissão nuclear para a geração de energia elétrica. O maior perigo apresentado pelo lixo atômico é sua radioatividade, tóxica e cancerígena, mesmo em quantidades pequenas.

A radioatividade desse material diminui com o tempo. Todo radioisótopo tem uma meia-vida T½ (entre frações de segundo e bilhões de anos), ou seja, o tempo necessário para perder metade (½) de sua radioatividade. Todo elemento radioativo decai para um elemento não-radioativo, mas o tempo necessário para que 99,9% dos núcleos radio-isótopos decaiam para núcleos não-radioativos é de aproximadamente 10 vezes T½, que no exemplo do Urânio-235 (o combustível de uma usina nuclear típica) seriam 7 bilhões de anos. (Wikipédia)

Mundo mais verde: nações do Oriente Médio e Norte da África investem em fontes alternativas ao petróleo

Dubai: o sol como alternativa ao petróleo

Em um mundo que tenta a cada dia encontrar formas de substituir o petróleo como principal fonte de energia, até alguns dos maiores fornecedores mundiais desta matéria-prima começam a se preocupar com energias limpas, fontes renováveis e mercado de créditos de carbono. Os países árabes ainda estão entre os que mais emitem dióxido de carbono em proporção ao seu Produto Interno Bruto (PIB), mas têm planos para mudar esta estatística.

O Catar, dono da maior renda per capita do mundo, obtém quase todas as suas receitas por meio das exportações de gás, assim como a Arábia Saudita em relação ao petróleo. O gás é a principal fonte de energia dos Emirados Árabes Unidos. Mesmo assim, a região investe em projetos verdes.

Já os países árabes que não foram “presenteados” com grandes reservas de petróleo e gás veem nas energias renováveis a solução de parte de seus problemas. É o caso, por exemplo, do Marrocos.

Em 2011, a Autoridade de Água e Energia Elétrica de Dubai criou uma agência, a Dubai Carbon Centre of Excellence (DCCE), para investir dinheiro no aprimoramento da energia solar, no desenvolvimento de lâmpadas mais eficientes e de outros projetos que consumam energia de maneira eficiente. Recentemente, Dubai inaugurou a primeira parte de um parque solar.

Por enquanto, os painéis solares instalados serão capazes de produzir 10 megawatts de energia, mas quando todo o projeto estiver concluído, em 2013, irá gerar mil megawatts de energia. Este parque solar vai ajudar o emirado a atingir a meta de obter 1% da sua energia a partir de fontes renováveis até 2020 e 5% até 2030.

Masdar, uma cidade 100% sustentável

São também os Emirados que investem em um dos mais ambiciosos projetos de desenvolvimento sustentável, a Masdar City, de Abu Dhabi. Quando ficar pronta, em 2016, a cidade de seis quilômetros quadrados de área poderá ser o lar de até 40 mil pessoas e a sede de mais de mil empresas. Localizada a 17 quilômetros da capital do país, a Masdar City será 100% “sustentável”, ou seja, vai gerar toda a energia que consumir a partir de fontes limpas, será livre de carros, terá emissão de carbono zero e irá reutilizar a água que consumida.

A Masdar City (Masdar, em árabe, significa “fonte”) deverá gastar quatro vezes menos energia do que uma cidade “convencional” do mesmo porte. A energia será gerada a partir do sol e com turbinas eólicas instaladas no mar. Parte do projeto já está em funcionamento.

Mesmo com esforços na substituição do petróleo como principal matriz energética, os árabes poderiam estar mais adiantados no desenvolvimento de energias limpas.

Sol

Diretor do Greenpeace International, Sven Teske afirma que as iniciativas de energia renovável dos países árabes, especialmente aqueles que estão no Oriente Médio, ainda é tímida. Um dos motivos, na sua avaliação, é o custo baixo do petróleo. Como a matéria-prima de combustíveis como o diesel e a gasolina existe em abundância, e seu custo para os produtores e consumidores locais é baixo, não parece atraente investir bilhões de dólares em energia renovável. Mas, além do petróleo, a região pode gerar energia renovável farta a um custo baixo.

“Como os recursos de combustível fóssil são tão grandes no Oriente Médio e, portanto, muito baratos para uso doméstico, é muito difícil competir utilizando tecnologias de energias renováveis, a não ser em países sem estes vastos recursos. Entretanto, em um metro quadrado no deserto, o sol entrega a mesma quantidade de energia equivalente a um litro de petróleo. Então, o recurso é tão grande quanto [o petróleo]”, afirma Teske.

Sol é o que não falta nos países árabes. Segundo Teske, a Alemanha é o país mais desenvolvido na obtenção de energia de fontes renováveis. Lá, o sol brilha entre 850 horas e 1.000 horas por ano. Só a Alemanha, afirma o especialista, produz 82 terawatts/hora de energia por ano, o equivalente ao consumo energético dos Emirados. No entanto, enquanto em anos ensolarados a Alemanha não recebe mais do que 1.000 horas de sol, nos Emirados é possível acumular até 2.500 horas no mesmo período com painéis solares.

Por isso, diz Teske, é modesto o plano do governo de Dubai de gerar 5% da sua demanda energética por meio de fontes renováveis até 2030. “Energia 100% renovável para os Emirados em 2030 é possível, pois 5% é pouco. As fontes solar e eólica já são competitivas em muitos países, comparadas com os novos projetos de refinarias de gás ou carvão”, afirma.

Para Teske, não é a falta de dinheiro nem de condições que impedem que um país invista e desenvolva fontes de energia renovável. “A barreira para a revolução energética, no mundo todo, não e nem a falta de tecnologia nem a falta de dinheiro. É a falta de uma boa política para a energia renovável.”

África

Se os países do Oriente Médio podem se dar ao luxo de escolher qual sua principal fonte de energia, o mesmo não ocorre com os árabes do Norte da África. O Marrocos, por exemplo, precisa importar o petróleo e o gás natural que consome. Por isso, está investindo na construção de turbinas eólicas, energia solar e hidrelétricas. Cinco projetos de construção de parque eólicos estão em processo de licitação. Juntos, deverão produzir 850 megawatts de energia. Uma cidade de 1,3 milhão de habitantes demanda, em média, 230 MW. Até 2020, o país pretende gerar 2.000 MW de energia através do vento.

Além do vento, o sol pode ser um aliado. O país tem áreas desertas, o que lhe garante muitas horas de sol e projetos de utilizar a energia solar em seu benefício. Em julho de 2011, a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) concedeu um financiamento de 100 milhões de euros para que a Agência Marroquina de Energia Solar comece a implantar o plano de gerar outros 2.000 MW de energia a partir do sol até 2020.

Até a Europa tem planos de obter energia elétrica por meio do sol que incide sobre o deserto do Saara

O país ainda construiu uma usina termo-solar, que gera energia a partir de gás natural e painéis solares em Aïn Béni Mathar. Dos 420 MW gerados pela planta, aproximadamente 20% vêm do sol. Até a Europa tem planos de obter energia elétrica por meio do sol que incide sobre o deserto do Saara. O principal desafio para este plano, no entanto, é transportar a energia produzida em um continente para outro.

Autor do relatório sobre energias renováveis do Painel das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e atualmente consultor no setor, Smail Khennas afirma que em 2020 os marroquinos deverão obter 42% da sua energia através de fontes renováveis. Desse total, 14% virão de energia solar, 14% de energia eólica e outros 14% de hidrelétricas. No total, as fontes renováveis deverão gerar 6.000 MW de energia aos marroquinos até 2020. Khennas diz que a tendência não se restringe apenas a este país.

“Todos os países árabes estão planejando entrar na energia renovável. Isto é válido para aqueles que produzem petróleo e gás e para aqueles que não os produzem, como o Marrocos, para reduzir a dependência de energia e também por questões econômicas no longo prazo”, diz.

Segundo Khennas, mesmo países onde o custo do petróleo é muito baixo, como a Arábia Saudita, estão investindo em energia renovável. Estes projetos estão mais avançados, no entanto, nos países que precisam comprar petróleo para suprir a demanda.

De acordo com dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), dos cerca de 220 mil gigawatts/hora produzidos pela Arábia Saudita em 2009, metade teve como fonte o petróleo. A outra metade foi proveniente do gás natural. Já no Marrocos, dos cerca de 22 mil GW/h de energia produzidos em 2009, aproximadamente 10 mil tiveram o carvão como fonte, outros cinco mil o petróleo, dois mil o gás natural, dois mil as usinas hidrelétricas e menos de 100 GW/h foram provenientes de energias renováveis.

Segundo Khennas, a Argélia também investe nas fontes renováveis, pois pretende obter delas, em 2030, 40% da sua energia. Ainda neste ano, a Companhia Nacional de Eletricidade e Gás (Sonelgaz) deverá lançar um projeto para implantar um parque solar no sul do país capaz de produzir 150 MW de energia. Há também projetos eólicos na Tunísia, Egito e Líbia. No Egito, porém, os distúrbios políticos podem atrasar esses planos.

Fonte: ANBA – Agência de Notícias Brasil-Árabe

Estudo da UFRJ mostra que Belo Monte é mais barata e menos poluente que alternativas de geração de energia

Rio Xingu

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu (PA) vai trazer menos impactos ambientais do que a utilização de alternativas com energias fósseis e os custos serão menores do que outras fontes renováveis. A conclusão está no estudo Análise Comparativa entre Belo Monte e Empreendimentos Alternativos: Impactos Ambientais e Competitividade Econômica, elaborado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Na análise, os professores Nivalde José de Castro, André Luis da Silva Leite e Guilherme Dantas avaliam quais seriam as fontes alternativas a Belo Monte para o atendimento da demanda crescente por energia e os impactos ambientais dessas fontes. Segundo eles, caso Belo Monte não viesse a ser construída, seria necessária a implementação de fontes alternativas que suprissem a demanda, que teriam impactos ambientais maiores ou que não teriam consistência suficiente, em termos de segurança energética, para atender ao crescimento da necessidade por energia elétrica projetada para os próximos anos no Brasil.

“Belo Monte é uma obra eficiente, que tem que ser feita. O Brasil precisa de energia e qualquer nova unidade geradora de energia causa impacto ambiental, e temos que analisar o custo-benefício em relação às outras fontes de energia. Nesse estudo fica claro que a hidrelétrica é a que apresenta o melhor custo-benefício em relação às outras fontes”, disse Castro à Agência Brasil.

Os estudiosos apontam que o Brasil tem um grande potencial de fontes alternativas e renováveis de energia elétrica: eólica, biomassa e solar, mas a prioridade a essas fontes implicaria perda de competitividade da economia brasileira, em função do diferencial de custos em relação à hidreletricidade. Também poderia haver problemas de garantia e segurança de suprimento em razão da sazonalidade e da intermitência dessas fontes alternativas.

“Desta forma, em um cenário em que não fosse construída a usina de Belo Monte, a construção de usinas termoelétricas seria obrigatória de forma a manter o equilíbrio e segurança entre a carga e a oferta de energia. A questão que se coloca é quais seriam os impactos ambientais das alternativas fósseis e a comparação deles com os impactos ambientais de Belo Monte”, avalia o estudo.

A análise aponta também que os custos de mitigação dos impactos sócioambientais da Usina de Belo Monte são de cerca de R$ 3,3 bilhões, o que é inferior ao custo ambiental que uma térmica a gás natural ocasionaria, que seria de mais de R$ 24 bilhões. “Ou seja, a opção térmica possui um impacto ambiental quase oito vezes maior que o custo de mitigação ambiental de Belo Monte”.

Belo Monte é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deve ser concluída até 2015. Com potência instalada de 11,2 mil megawatts, será a maior hidrelétrica totalmente brasileira (Itaipu, que tem 14 mil megawatts de potência, é binacional) e a terceira maior do mundo.

Fonte: Agência Brasil

Mais sobre Belo Monte? Leia aqui: Usina de Belo Monte: as vantagens e desvantagens em sua realização

Usinas eólicas evitam rotas de aves migratórias

Como o Brasil entrou mais tarde no mercado eólico mundial, País possui tecnologias mais modernas, que coíbem acidentes como colisão de pássaros

O Brasil ocupa a 21.ª posição no ranking mundial de energia eólica, mas já toma cuidados para evitar um dos mais sensíveis impactos ambientais produzidos pelas hélices gigantes dos aerogeradores: a morte de pássaros.

A instalação desses equipamentos exige estudo de avifauna e, mesmo com o vento favorável, as hélices não são colocadas em rotas migratórias de aves. Os Estados Unidos, o segundo no ranking – atrás da China -, não tomaram o mesmo cuidado e agora veem as pás como ameaça a um de seus principais símbolos, a águia-americana.

Leia mais:

Usinas eólicas evitam rotas de aves migratórias – vida – versaoimpressa – Estadão.