Estudo mostra que mares aquecidos podem levar peixes a limite

Peixe bobo de faixa negra

As temperaturas oceânicas em rápida elevação em algumas partes do mundo podem estar levando algumas espécies de peixes ao seu limite, retardando seu crescimento e aumentando o estresse e o risco de morte, mostra um estudo.

Publicado nesta segunda-feira na revista Nature Climate Change, o estudo australiano se concentrou na longeva espécie do peixe-bobo-de-faixa-negra do mar da Tasmânia, entre a Austrália e a Nova Zelândia.

Usando dados atuais e de longo prazo, os cientistas descobriram que o crescimento do peixe-bobo em algumas áreas foi desacelerado por um salto de quase 2 graus Celsius nas temperaturas da superfície do mar nos últimos 60 anos no mar da Tasmânia, uma das mais rápidas elevações nos oceanos do Hemisfério Sul.

Os resultados têm implicações para outras espécies de peixes, incluindo a pesca comercial, à medida que os mares aquecem e se tornam mais ácidos, afetando recifes de coral e a multibilionária indústria pesqueira que depende deles.

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Boa notícia para o etanol: Cana-de-açúcar resfria o clima

Uma pesquisa feita por cientistas do Departamento de Ecologia Global da Carnegie Institution, nos Estados Unidos, concluiu que a cana-de-açúcar ajuda a esfriar o clima.

O estudo, publicado neste domingo na segunda edição da revista Nature Climate Change, nova publicação do grupo editorial britânico, aponta que o esfriamento do clima local se deve à queda da temperatura no ar em torno das plantas à medida que essas liberam água e à reflexão da luz solar de volta ao espaço.

O trabalho, liderado por Scott Loarie, procurou quantificar os efeitos diretos no clima da expansão da cana-de-açúcar em áreas de outras culturas ou de pecuária no Cerrado brasileiro.

Foram utilizadas centenas de imagens feitas por satélites que cobriram uma área de quase 2 milhões de metros quadrados. Os cientistas mediram temperatura, refletividade e evapotranspiração, a perda de água do solo por evaporação e a perda de água da planta por transpiração.

“Verificamos que a mudança da vegetação natural para plantações e pastos resulta no aquecimento local porque as novas culturas liberam menos água. Mas a cana-de-açúcar é mais refletiva e também libera mais água, de forma parecida com
a da vegetação natural”, disse Loarie.

“Trata-se de um benefício duplo para o clima: usar cana-de-açúcar para mover veículos reduz as emissões de carbono, enquanto o cultivo da planta faz cair a temperatura local”, destacou.

Os cientistas calcularam que a conversão da vegetação natural do Cerrado para a implantação de culturas agrícolas ou de pecuária resultou em aquecimento médio de 1,55º C. A troca subsequente para a cana-de-açúcar levou a uma queda na temperatura do ar local de 0,93º C.

Os autores do estudo enfatizam que os efeitos benéficos são relacionados ao plantio de cana em áreas anteriormente ocupadas por outras culturas agrícolas ou por pastos, e não em áreas convertidas da vegetação natural.

O artigo Direct impacts on local climate of sugar-cane expansion in Brazil (doi:002010.1038/nclimate1067), de Scott Loarie e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Climate Change em www.nature.com/nclimate.

Fonte: Fapesp

“Granizos do tamanho de laranjas”: 43 mortes provocadas por tempestades e tornados nos EUA

Três dias de tempestades intensas no sul dos Estados Unidos já mataram ao menos 43 pessoas, de acordo com autoridades locais.

O número de vítimas, no entanto, deve aumentar já que os trabalhos de resgate continuam nas cidades mais afetadas.

O estado de Carolina do Norte, o último a ser atingido, foi castigado por uma série de 62 tornados que deixaram um rastro de destruição.

A governadora Beverly Perdue decretou estado de emergência e disse que essa é a pior temporada de tempestades e tornados em duas décadas. O número de mortes confirmadas no estado passa de 20.

Oklahoma, Arkansas, Mississippi, Alabama, Georgia e Virgínia também foram atingidos. Moradores relataram ter visto granizos do tamanho de laranjas durante uma tempestade que causou alagamentos e tornados.

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BBC Brasil – Notícias – Aumenta número de mortes provocadas por tempestades e tornados nos EUA.

No Japão, a maior parte das vítimas tinha mais de 65 anos e morreram afogadas

Há mais de um mês, o Japão enfrentou a pior tragédia da história recente do país com o terremoto seguido por tsunami. Pelos últimos números, houve 13.843 mortos e 14.030 desaparecidos. De acordo com as autoridades, mais da metade dos mortos tinham mais de 65 anos, sendo que a maioria morreu afogada.

O balanço divulgado hoje (18) confirma 8.412 mortes em Miyagi, 3.981 em Iwate e 1.387 em Fukushima.

Nas principais áreas atingidas nas regiões de Iwate, Miyagi e Fukushima as identidades das vítimas foram confirmadas. Nessas áreas foram 9.112 mortos, 4.990 tinham mais de 65 anos. Em Miyagi, dos 8.015 mortos confirmados até 10 de abril, 7.676 pessoas perderam a vida em consequência do tsunami.

Com base nas últimas informações, Fumihiko Imamura, perito em tsunamis da Universidade de Tohoku, informou que a partir de agora os governos planejarão cidades com zonas costeiras mais seguras destinadas às pessoas de terceira idade.

Fonte: Agência Brasil